Plantando sementes para o controle social dos recursos públicos

Quando a Avante – Educação e Mobilização Social executou o projeto de Controle Social, em cooperação técnica com a Controladoria Geral da União (CGU), Dr. Jorge Hage ocupava o cargo de ministro-chefe do órgão e era peça fundamental no enfrentamento à corrupção na administração pública brasileira. Apenas no ano passado (2015) ele se afastou do cargo. Jorge Hage leva em sua memória histórias de uma parceria que culminou com a criação do programa Olho Vivo no Dinheiro Público, desenvolvido pela CGU até os dias de hoje.


Jorge Hage conta que quando atuou no órgão [na ocasião, integrante da Presidência da República], primeiro como secretário-executivo e depois como ministro-chefe, teve a oportunidade de “conhecer um grupo muito especial de pessoas que muito nos ajudou e inspirou em vários aspectos que envolviam o estímulo à participação cidadã na prevenção e combate à corrupção, desenvolvendo projetos importantes para o que procurávamos implantar no governo federal”, disse.


Segundo ele, a primeira lembrança ao ouvir falar da Avante é de um grupo de pessoas positivas e idealistas (“e com os pés no chão”), que resolveu organizar-se em uma entidade civil para dedicar-se a causas que envolvem a formação da cidadania e o fortalecimento da sociedade civil, “complementando a atuação do Estado, sem negá-la, mas influindo sobre ela, inspirando-a e ampliando-a”.


Em sua opinião, o impacto social da Avante tem sido bastante relevante, tanto a julgar pelo que as ações institucionais representaram para a CGU, como em relação a outras ações realizadas com ou sem participação governamental. “São muitos e concretos os motivos para celebração no marco de seus 20 anos. E por isso me congratulo, com muita alegria, com toda a equipe, lamentando apenas que alguns de seus melhores integrantes não estejam mais entre nós.” [em referência a José Carlos Dantas Meirelles, um dos associados fundadores da Avante, falecido em maio de 2012]


O projeto de Controle Social foi desenvolvido entre 2004 e 2006 e buscou a ampliação e disseminação dos conceitos de gestão responsável e controle social na aplicação dos recursos públicos.

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