Metodologia do projeto Paralapracá é validada pelo MEC

O projeto Paralapracá, realizado pelo Instituto C&A, em parceria técnica com a Avante – Educação e Mobilização Social, foi selecionado para integrar o Guia de Tecnologias Educacionais 2015 do Ministério da Educação (MEC). Criado em 2007, o guia identifica, a cada dois anos, tecnologias educacionais que apresentam condições de promover a qualidade da educação básica em escolas públicas brasileiras. A qualificação do MEC tem o propósito de apoiar os sistemas públicos de ensino na busca por soluções que promovam a qualidade da educação. A lista de selecionados foi divulgada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (03/09).

O projeto Paralapracá integra o programa Educação Infantil do Instituto C&A e visa contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento às crianças na educação infantil, com vistas ao seu desenvolvimento integral. O projeto foi criado em 2010 e se desenvolve em aliança com Secretarias Municipais de Educação (SME), possuindo dois âmbitos de atuação: a formação continuada de profissionais de educação infantil e o acesso a materiais de uso pedagógico de qualidade, tanto para crianças quanto para professores. O ciclo 2013-2015 do projeto Paralapracá inclui os municípios de Camaçari (BA), Maracanaú (CE), Maceió (AL), Natal (RN) e Olinda (PE). O ciclo 2010-2012 foi composto pelos municípios de Campina Grande (PB), Caucaia (CE), Feira de Santana (BA), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Teresina (PI).

O edital de seleção do MEC para o guia publicado em 2014 estipula que tecnologia educacional é qualquer aparato ou ferramenta para utilização no desenvolvimento e apoio aos processos educacionais e que se apresente na forma de um produto finalizado, com todos os seus componentes, autocontido e replicável, que integre uma proposta pedagógica baseada em sólida fundamentação teórica e coerência teórico-metodológica. A metodologia do projeto Paralapracá está descrita no Guia de Orientações Didáticas Paralapracá e pode ser acessada aqui.

Para participar do processo de seleção do MEC, as tecnologias deveriam respeitar a legislação brasileira existente sobre educação básica, ter sido validadas na prática em território nacional, ser apresentadas na forma de produto finalizado por meio de endereço eletrônico e possuir um guia de orientações didáticas contendo proposta pedagógica da iniciativa baseada em sólida fundamentação teórica.

“O reconhecimento do MEC quer dizer que o projeto Paralapracá é metodologia de qualidade”, sintetiza Janine Schultz, coordenadora do programa Educação Infantil do Instituto C&A. “Para nós, a sensação é de satisfação. O reconhecimento do projeto pelo principal órgão brasileiro na área da educação nos faz crer que estamos no caminho certo”, comemora a coordenadora.

Para Mônica Samia, coordenadora-geral de implementação do projeto Paralapracá na Avante, “o reconhecimento do MEC é consequência de um trabalho testado, consolidado e validado na prática desde 2010”.

Mais do que atestar a qualidade do projeto Paralapracá, sua inclusão no Guia de Tecnologias Educacionais do MEC abre portas para o ganho de escala da iniciativa.

“A lista de tecnologias aprovadas é divulgada para os municípios, para que eles façam escolhas de contratação do serviço de organizações sociais, de acordo com suas necessidades”, explica Janine. No caso do projeto Paralapracá, a prestação de serviços aos municípios será encabeçada pela Avante, que participou do desenho original do projeto e acompanha a sua implementação desde 2010. “Se a prioridade do município forem os profissionais que atuam na educação infantil, ele poderá selecionar o projeto Paralapracá sem necessidade de licitação”, pontua a coordenadora. “A chancela de Notório Saber da tecnologia educacional simplifica o processo de acesso para os municípios”, complementa Mônica.

Para o ganho de escala, Janine explica que o projeto deverá priorizar o ensino a distância. “Já estamos fazendo a adaptação do nosso Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) para contemplar as novas demandas”, conta Janine.

A previsão é que a lista de tecnologias recém-aprovadas pelo MEC seja disponibilizada aos municípios ainda neste ano. Além da formação de professores, ela também contempla ações de gestão, processo de ensino-aprendizagem, educação e acessibilidade, biblioteca escolar, esporte e lazer, cultura e artes, avaliação, direitos humanos entre outros.

Fonte: Site Paralapracá

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