Instituto C&A reinicia avaliação do projeto Paralapracá

Barueri (SP) – O processo de avaliação que acompanhará a edição 2013-2015 do projeto Paralapracá já começou. Chamada de “marco zero”, a primeira etapa do trabalho teve início em agosto e está sendo conduzida pela consultoria Move, especializada em avaliação de projetos sociais e educacionais e que foi contratada pelo Instituto C&A para a tarefa. O projeto Paralapracá é uma frente de ação do programa Educação Infantil do Instituto C&A. O projeto visa contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento às crianças na educação infantil, com vistas ao seu desenvolvimento integral.

O ciclo 2013-2015 do projeto Paralapracá é implementado em aliança com as Secretarias Municipais de Educação de Camaçari (BA), Maceió (AL), Maracanaú (CE), Natal (RN) e Olinda (PE). O processo de implementação conta com a parceria técnica da Avante Educação e Mobilização Social, de Salvador (BA). O projeto Paralapracá possui dois âmbitos de atuação: a formação continuada de profissionais de educação e o acesso a materiais de qualidade, tanto para crianças quanto para professores. Um total de 25 instituições públicas de educação infantil em cada município participam do projeto.

O primeiro ciclo de implementação do projeto Paralapracá aconteceu entre 2010 e 2012, nas cidades de Campina Grande (PB), Caucaia (CE), Feira de Santana (BA), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Teresina (PI). Em 2013, os municípios de Jaboatão dos Guararapes e Teresina permaneceram no projeto em caráter de continuidade, a fim de consolidar a metodologia.

O processo de avaliação envolve uma equipe de cinco pesquisadores e foi planejado para acontecer em três fases: marco zero (2013), avaliação parcial (2014) e avaliação final (2015). “A proposta é que a pesquisa ajude o Instituto C&A a medir os resultados do projeto Paralapracá nos municípios onde ele está sendo implantado e a tomar decisões estratégicas ao longo do projeto”, explica Daniel Brandão, diretor-executivo da Move.

A avaliação procurará responder a uma grande questão, voltada a diferentes dimensões: qual valor o projeto Paralapracá agregou para aspectos da política municipal de educação infantil nas cidades em que foi implementado? Qual valor agregou para o desenvolvimento profissional de coordenadores e professores que atuam na educação infantil?; e qual valor agregou no atendimento de qualidade a crianças de até 5 anos de idade das redes públicas municipais?.

A metodologia da pesquisa é composta por um estudo qualitativo e outro quantitativo.
O estudo qualitativo consiste na realização de entrevistas com os secretários municipais de Educação dos cinco municípios e com as assessoras do projeto, que são as técnicas responsáveis pela coordenação do projeto em cada cidade. O trabalho contempla, ainda, a realização de grupos focais com coordenadores pedagógicos, diretores, professores e crianças das escolas participantes do projeto, bem como com a equipe técnica das Secretarias de Educação. Nesta perspectiva estão sendo envolvidos cerca de 65 profissionais e dez crianças de cada município pesquisado.

A pesquisa quantitativa consiste em entrevistas via questionários, que devem ser respondidos por coordenadores pedagógicos, diretores e professores de todas as escolas de cada município, participantes do projeto ou não. “A meta é entrevistar cerca de 650 pessoas. Com esses dados, conseguiremos ter uma base de comparação entre as escolas que participam do projeto e as que não participam”, assinala Brandão.

A etapa qualitativa do marco zero da avaliação já está em fase de conclusão. A coleta de dados foi realizada entre agosto e setembro, seguida pela etapa de análises. A fase quantitativa da pesquisa está na fase de coleta de dados. A perspectiva, segundo Brandão, é que ela seja concluída até dezembro. 

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