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Consultora Avante participa de seminário sobre competências socioemocionais

Consultora Avante participa de seminário sobre competências socioemocionaisDurante muito tempo o senso comum acreditava que uma boa escola, dedicação e conteúdos de acordo com o exigido (no momento) pelo mercado eram suficientes para garantir uma boa educação e convivência em sociedade, inclusos aí as relações formais e informais. Hoje, estudos mostram que os comportamentos e sentimentos individuais padronizados para responder a situações cotidianas e contextos específicos fazem uma grande diferença. Ao conjunto destes comportamentos dá-se o nome de competências socioemocionais. Para discutir o desenvolvimento destas habilidades e avaliações realizadas sobre o tema, a Fundação Itaú Social realizou, no início deste mês (setembro), o 11º Seminário Itaú Internacional de Avaliação Econômica de Projetos – Competências Socioemocionais para o século XXI. A Avante estava lá.

De acordo com um post no site do Instituto Ayrton Senna sobre o evento, estudos indicam que essas competências (como responsabilidade, colaboração e criatividade) aceleram o desenvolvimento cognitivo de crianças e jovens e também são imprescindíveis para formar cidadãos capazes de responder às complexas exigências do século 21. “O desempenho dos estudantes na escola e na vida vai muito além da ‘nota na prova’, mas os instrumentos mais usados atualmente para avaliar alunos e sistemas educativos têm priorizado apenas o aspecto cognitivo. É preciso discutir quais as especificidades da avaliação que contemple as competências socioemocionais e as melhores formas de trabalhar seus resultados”, afirmou a coordenadora da área de Avaliação e Desenvolvimento do Instituto Ayrton Senna, Tatiana Filgueiras, no mesmo post no site do Instituto.

O Instituto Ayrton Senna firmou, em março deste ano, um acordo com o Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), para estimular as pesquisas sobre o assunto. A instituição foi parceira da Fundação Itaú Social na organização do evento como colaboração técnica.

“O tema é  de extrema importância para nós (Avante – Educação e Mobilização Social) que acreditamos que a educação é a base para o desenvolvimento”, comenta Ana Luiza Buratto, consultora associada da instituição que esteve presente ao evento em busca de novos conhecimentos. Segundo ela, o seminário despertou ainda sua atenção para a importância do desenvolvimento dessas competências, “não só para a educação, mas para vários outros aspectos da vida humana”.

Ana Luiza deu destaque também para a taxionomia dos chamados “BIG 5”, referindo-se ao método criado pelo psicólogo americano Oliver P. John (The Big Five Personality Test) para identificar habilidades socioemocionais, que tem se tornado parâmetro para avaliação dessas competências em todo o mundo. Ana debruçou-se sobre a oportunidade de beber da própria fonte ao assistir a palestra de Oliver P. John, psicólogo e diretor do Laboratório de Personalidade da Universidade de Berkeley no seminário.

Oliver John apresentou o método criado por ele, que se baseia em cinco características da psicologia humana: a abertura a novas experiências; a conscienciosidade – que está relacionado com a organização, com a capacidade que o indivíduo tem de autodisciplina; a capacidade de reflexão e deliberação; a extroversão; a amabilidade e estabilidade emocional.

O evento contou também contou  com a presença de outros especialistas internacionais, como o professor doutor da Universidade de Gent, na Bélgica, Filip De Fruyt, que abordou estratégias de intervenção na escola destinadas a influenciar competências sociais e emocionais, a fim de melhorar a aprendizagem dos alunos. E o especialista em psicologia e políticas públicas, John Lawrence Aber, presidente do Instituto de Desenvolvimento Humano e Transformação Social da Universidade de Nova York (NYU), que apresentou seus estudos sobre o aprendizado social e emocional de crianças em idade escolar em Nova York. Os estudos de John Lawrence Aber surgiram de uma crença compartilhada na educação americana de que as escolas podem contribuir para o desenvolvimento social e emocional de crianças e jovens.

Entre os especialistas internacionais, configuraram-se dois brasileiros: o professor doutor da Universidade de São Paulo (USP), Daniel Santos, pesquisador na área de economia da educação, desenvolvimento infantil e mercado de trabalho, que atua principalmente com temas como pobreza, capital humano e bem-estar social. E o coordenador do Centro de Políticas Públicas (CPP) do Insper e Ph.D. em Economia pela Universidade de Londres, Naercio Menezes Filho.

“Estar com estudiosos de ponta de universidades americanas, europeias e brasileiras mostraram-me que os desafios de agora são ter um modelo de avaliação cada vez melhor e construir novas evidências”, reflete Ana Luiza. A consultora diz que o próximo passo é levar para a equipe da Avante os novos conceitos, “isto vai nos impulsionar a buscarmos aprimorar nossa prática por meio da continua aprendizagem”, disse referindo-se a uma cultura interna da instituição na qual consultores associados compartilham internamente experiências como esta, por meio de um evento chamado Aprendizagem Organizacional.

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